25 de outubro de 2009

24 de Setembro 2009

Por Clarice Manhã e Nailson jr

A entrega desta quinta-feira 24 de setembro foi marcada pela presença das meninas ‘Jamaiquinha’ e ‘Leão’, com 10 e 12 anos de idade respectivamente. A euforia natural das crianças somada a ‘malandragem’ de quem esta aprendendo a sobreviver na rua chamou a atenção não apenas dos voluntários, como dos moradores e trabalhadores que se aproximaram para tomar a sopa.

A chegada das meninas, aparentemente sem responsável por perto, já causou espanto pelo horário: 1h da madrugada e as duas brincando no meio da pista, descalças, vestidas em tops e shorts curtos, rasgados, sujos. Conhecidas na área, horas elas encantavam pela esperteza, e horas causavam profundo espanto pelo mesmo motivo. Chamavam uma à outra de ‘mendiga’, brigavam e provocavam os adultos por perto, numa clara tentativa de chamar atenção.

Um antigo conhecido do Acordar sem Fome, presente toda às quintas, comentou (Naná, aqui vc acha q falamos o q o L. disse, das relações sexuais das meninas e etc etc etc). Claro que sim...inclusive que remete aos responsáveis a culpa por elas estarem ali, vitimas em potencial de violências de todo tipo. Destaca também que a relação entre desigualdade de gênero é visível no discursso de L. quando afirma que elas são crianças vulneráveis a prostituição infantil, muito comum em nossa capital, meninas pararem na Europa vendendo seu próprio corpo, o garimpo vira um rub, atraindo mulheres de todas as idades para a escravidão sexual.

Ressaltar que Johnny não aparece duas quintas, esperamos por ele para estudo.

E houve ainda mais um novo visitante, o cãozinho ‘dog’. Filhote de vira-lata, ele chegou no colo do dono, que se apresentou como Jamaica. A imagem do rapaz dividindo seu pão com a animal estampou com perfeição a velha máxima que o ‘o cão é o melhor amigo do homem’.

Estiveram presentes nesta entrega os voluntários Clei, que operou a concha, Clarice, nos copos, Boris, na distribuição dos pães e o professor Nailson, na coordenação geral da operação. Foram entregues aproximadamente 250 copos (300 ml) de sopa, e 300 pães do voluntário Rosinelson e sua família agradecemos a pontualidade e continuidade do oferecimento do pão.

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